Considerações sobre a Vacinação contra a Gripe Comum e o vírus Influenza A (H1N1)

10/06/2012 02:37

por Leandro Bolina Nascimento

 

No mês de Maio de 2012 houve novamente a Campanha Nacional contra a Gripe Comum e o Vírus Influenza A (H1N1). Na cidade de Hortolândia a campanha foi prorrogada até o primeiro dia do mês de junho na tentativa de aumentar o número de pessoas imunes contra esta infecção.

No dia 25/05 pela manhã Reginaldo Prado postou no Portal da Prefeitura de Hortolândia informações da Secretaria de Saúde, informando que 54,87% do público alvo já havia sido vacinado, o que correspondia a 13.216 pessoas. A meta foi vacinar pelo menos 80%. Isto justifica a prorrogação da campanha.

Desde pequenos, nas escolas, aprendemos, pelos professores da área de saúde/ciência, que não há como produzir uma vacina contra a Gripe, pois o vírus é mutante. Será que os cientistas descobriram uma forma dos vírus contidos nas vacinas acompanharem as múltiplas mutações sofridas pelos vírus do meio externo? Claro que isso não é possível, ainda mais que os vírus nesta vacina estão “mortos” (1):

 

“(...) A Vacina contra gripe é uma vacina inativada e fracionada, o que significa que os vírus estão mortos e replicados, não podendo se reproduzir dentro do organismo das pessoas vacinadas; no entanto, podem produzir uma resposta imunológica protetora.” (1)

 

Como o vírus morto pode produzir uma resposta imunológica protetora compatível com o vírus presente no meio ambiente? O vírus presente no meio ambiente não está morto e é mutante, por este motivo a sua estrutura proteica, muito provavelmente, não seja a mesma do vírus morto, e consequentemente o organismo terá que produzir uma resposta imunológica protetora diferente da provocada pela vacinação.

 

“(...) existe a coincidência entre os tipos de vírus que estão circulando e os que compõem a vacina, pois se um novo vírus influenza não contido na vacina começar a circular após a recomendação das cepas vacinais, a proteção pode ficar diminuída”. (2)

 

Porém parece que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está convicta que por meio de uma vigilância mundial (RMVG), através da coleta de amostras de vírus contidos em secreções humanas, é possível saber qual o vírus “morto” que deve estar contido nas vacinas a cada ano (3).

 

“ ‘O mundo necessita da Rede Mundial de Vigilância da Gripe (RMVG) [da OMS], como um sistema previsível, confiável e eficiente para compartilhamento de amostras de vírus de gripe humana sazonal e pandêmica, para analisar e monitorar a ameaça, realizar pesquisas adicionais e produzir vacinas.’ Foi o que disse o representante especial para pandemia de gripe aviária do Departamento de Estado, embaixador John Lange, ao USINFO após a reunião.” (3)

 

O que justifica aplicar as doses destas vacinas em mulheres grávidas e crianças que estão em plena formação neurológica e imunológica? Os benefícios são maiores que os efeitos colaterais certamente causados pelas pequenas doses de timerosal (mertiolate) contidas nestas vacinas (5, 6)? Não estamos “tentando” trocar uma infecção geralmente passageira (7 dias) por doenças crônicas e neurológicas onde os que se vacinam terão que carregá-las pelo resto de suas vidas (4) e que, de qualquer forma, seja muito provável ainda, se infectarem com o vírus da gripe em um momento ou outro?

 

O professor de medicina veterinária da Universidade de Brasília (UnB) e consultor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) José Dórea criminaliza o uso de mercúrio nas vacinas:
 

Aqui no Brasil, mulheres grávidas recebem três vacinas com tiomersal (Merthiolate). Isso é um crime. Isso não devia acontecer. No embrião, você ainda está muito vulnerável. Mostro que em outros estudos imunotóxicos, de 2007 e 2011, a reação alérgica diminuiu significativamente nos lugares onde retiraram o tiomersal. Outro problema é o alumínio, presente como adjuvante em algumas vacinas, com o mercúrio. Não existem ainda estudos separados e suspeito que o problema do alumínio é tão ou mais grave do que o do mercúrio.

 

Estas poucas evidências e interrogações feitas até aqui deveriam ser suficientes para começarmos a questionar e estudar as informações dadas pela governo, nos meios de comunicação em massa e pelas campanhas locais realizadas pelas prefeituras, e considerar a possibilidade de outras abordagens sobre o assunto.

 

Segundo o Portal oficial da cidade de Hortolândia, nas palavras do secretário de saúde, Lourenço Daniel Zanardi, é importante que a população receba a dose da vacina para evitar riscos de saúde. ‘A vacina é uma arma poderosa contra o vírus da gripe e pode até salvar vidas. É fundamental a prevenção para ter uma vida mais saudável e evitar riscos’, afirma Zanardi.” (7)

 

As afirmações do secretário de saúde refletem a abordagem clássica sobre o assunto e talvez possam estar demonstrando como nos tornamos vítimas das ações manipulatórias sobre a massa por um sistema econômico (principalmente das grandes indústrias farmacêuticas) que pretende apenas obter lucros à dispensa do bem estar social com as vendas e aplicações massivas através das campanhas nacionais de vacinação e, que vem valorizando demasiadamente a eliminação dos vírus e se esquecendo das formas mais eficazes de imunização (8).

 

Podemos fazer algumas modificações nas afirmações apresentadas pelo secretátio, mostrando assim a possibilidade de outra abordagem sobre o assunto:  “é importante que a população se conscientize sobre os efeitos colaterais das vacinas para poderem decidir se devem ou não tomar as doses. A vacina é uma arma poderosa contra o sistema neurológico e imunológico dos seres humanos e pode causar danos irreversíveis ou até mesmo a morte. É fundamental a prevenção através de cuidados básicos da saúde como uma alimentação saudável, repouso, exercício físico, luz solar, higiene pessoal e políticas públicas funcionais com respeito ao saneamento básico municipal, para ter uma vida mais saudável e evitar riscos”, afirmam diversos estudos.

 

Os participantes (favoráveis à vacinação) do I Fórum de Ética em Imunizações afirmaram que acontecem duas posições distintas com respeito às informações sobre as vacinas passadas aos pacientes pelos profissionais responsáveis:

 

“(...) há especialistas que prestam informações básicas sobre os efeitos mais frequentes; e os que optam por não fornecer informações. O equilíbrio talvez esteja em adaptar a linguagem àquela a que o paciente possa entender, seja de que nível cultural for. Objetivo: fornecer o máximo possível de informações relevantes. (9)”

 

Fornecer o máximo possível de informações relevantes, parece, no mínimo, incluir todos os efeitos colaterais causados pelas vacinas. O Prof. Dr. Vicente Amato Neto, também defensor das vacinas, afirma a possibilidade de efeitos colaterais das mesmas e fala sobre as questões judiciais com respeito à falta de informações à população:

 

“Aqui no Brasil começa a tomar corpo no Ministério da Saúde a intenção de remunerar, através de mecanismo extrajudicial, vítimas de complicações derivadas de imunizações. Fabricantes e o pessoal que aplica não é responsabilizável por esses acontecimentos. Todavia, deverão ficar incriminados se houve defeito de fabricação, se sucedeu erro à aplicação ou se os vacinados não receberam informações acerca das manifestações secundárias possíveis.” (10)

 

Como visto, existe um lado pouco transparente com respeito às vacinas na abordagem clássica, mas talvez, o equilíbrio esteja em apresentar à população os efeitos colaterais que as vacinas podem causar e os benefícios que elas podem oferecer; permitindo assim que cada indivíduo escolha livremente e consciente o que deve fazer e, respeitar as diversas abordagens científicas sobre o assunto; permitindo assim o pleno exercício da democracia; ação que não estamos presenciando.

 

Referências Bibliográficas

  1. Vacina contra a Gripe: Dúvidas Frequentes. Disponível em https://www.vacinacontragripe.com.br/faq.htm. Acessado no dia: 09/06/2012.
  2. Prevenção da Gripe. Disponível em: https://www.gripe.org.br/prevencao.html Acessado no dia: 09/06/2012.
  3. PELLERIN, Cheryl. Embaixada dos Estados Unidos – Brasília, Brasil. Melhorar a rede de vigilância da gripe é objetivo da reunião de Genebra. Disponível em: https://www.embaixadaamericana.org.br Acessado no dia: 09/06/2012.
  4. K. JILLANI, Lisa. Investigar as imunizações: um dever dos pais. Disponível em: https://www.taps.org.br/pdf/imunizacao.pdf Acessado no dia: 09/06/2012.
  5. H1N1 On-line. Disponível em: https://www.h1n1online.com  Acessado no dia: 09/06/2012.
  6. TAVARES, Carlos. Em entrevista, professor fala sobre o polêmico uso do mercúrio. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br Acessado no dia: 09/06/2012.
  7. PRADO, Reginaldo. Vacinação contra gripe começa este sábado (5): Idosos, crianças e gestantes podem receber a dose, nas unidades de saúde. Publicado no dia 04/05/2012 no Portal Oficial da Prefeitura de Hortolândia. Disponível em:  https://www.hortolandia.sp.gov.br Acessado no dia: 09/06/2012.
  8. CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. 1982.
  9. I Fórum de Ética em Imunizações – realizado no dia 19/05/2011 no auditório do CREMESP, subsede da Vila Mariana. SBIm. https://www.bioetica.org.br Acessado no dia: 09/06/2012.
  10. AMATO NETO, Vicente. Ética em vacinação. Artigo do portal - Programa de Educação Continuada em Imunizações. Disponível em: https://www.vacinaonline.fmb.unesp.br/atualize_etica.asp Acessado no dia 09/06/2012.

* os negritos das citações foram adicionados.

 

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