Eleições Municipais de 2012 estimularam a Prefeitura a duplicar a Av. da Emancipação

11/04/2013 01:16

Empresa continuou as obras eleitorais da Administração transformando a via em pista de mão dupla

Por Leandro Bolina Nascimento, Hortolândia 11/04/2013 2:00

Sátira do release de Elisabeth Soares, Hortolândia 26/03/12 08:41 no Portal da Prefeitura

 

Vista aérea da Av. da Emancipação em Hortolândia

 

O prefeito Angelo Perugini assinou, no dia 23/03/2012, a ordem de serviço para a Construtora Simoso dar seqüência à obra eleitoral de duplicação da Avenida da Emancipação em um contrato de R$ 2.728.240,83. A obra garantiu mais votos para o candidato Antônio Meira do PT, mesmo não melhorando a fluidez no trânsito e nem mesmo acabando com congestionamentos em horário de pico na principal via de acesso à cidade pela Rodovia SP-101. 
 
O trabalho para duplicar a avenida começou no final de 2011, quando a Prefeitura realizou a limpeza e demarcação da área onde foram realizadas as intervenções eleitorais. A Administração também contratou a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) para retirar os postes de energia elétrica do trecho que recebeu a obra. Antes disso, devido ao ano das eleições municipais, a Prefeitura agilizou a desapropriação das áreas necessárias para transformar a via em mão dupla.
 
A Prefeitura assumiu as obras devido ao atraso na desapropriação de áreas e aproveitou esta situação negativa de incompetência  administrativa municipal para favorecer o candidato Antônio Meira nas eleições municipais de 2012. O Estado, responsável pela intervenção, anunciou que a duplicação da via estava programada somente para 2013, como resultado da não realização da desapropriação das áreas, de responsabilidade da Prefeitura de Hortolândia, no tempo estabelecido no contrato com a construtora. Assim as obras de duplicação ficaram paralisadas por dois anos.
 
No acordo com o Estado para implantar as vias expressas de ônibus, a Prefeitura não fez a parte dela com a desapropriação de áreas. No entanto, auxiliou na elaboração do projeto técnico de forma que as intervenções viárias promovessem a integração de todas as regiões da cidade. O Estado concluiu as obras nas avenidas Olívio Franceschini e Santana, mas tiveram que deixar a Avenida da Emancipação de fora pela não desapropriação de áreas.
 
A duplicação desta avenida se fez urgente devido às eleições. "Não podemos esperar mais”, disse o prefeito. 
 
Na duplicação, gastou-se dinheiro do município, devido à não desapropriação de áreas na época prevista, mas favoreceu o candidato do PT Antônio Meira na eleições municipais de 2012.
 
ALÇA 
 
Foram realizadas obras para implantação do sistema de drenagem de águas pluviais, pavimentação, sinalização e ciclovia. O trabalho foi agilizado para entregar o primeiro trecho da avenida duplicado em, no máximo, seis meses;  pois o período de eleições estava chegando. 
 
O projeto de duplicação da avenida ainda prevê a implantação de uma alça de acesso que ligará a Rodovia SP-101 à Avenida da Emancipação. Com a intervenção, os veículos que trafegam sentido Campinas-Hortolândia não precisarão passar pelo trevo de acesso, localizado perto da empresa EMS. 
 
Assim, os veículos que andam no sentido Campinas-Hortolândia não terão mais que parar para dar preferencial, o que realmente reduzirá os congestionamentos. A obra está estimada em cerca de R$ 900 mil. 
 
A Prefeitura solicitou à Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de São Paulo) a execução da alça de acesso. A duplicação da avenida foi uma das etapas para ajudar principalmente o candidato Antônio Meira na eleições, mas pouco ajudou no alívio do congestionamento, a qual já deveria ter ficado pronta no período que o Estado era o responsável, assim como a construção da alça de acesso, se não fosse o atraso da administração municipal na desapropriação de áreas. A Artesp mudará a rotatória do quilômetro 9 e fará um acesso antes do viaduto para evitar congestionamento no balão do quilômetro 9.
 
 
Obs.: Este texto retrata diversos fatos e opiniões; nem todo o conteúdo, necessariamente, ocorreu como o descrito, pois não temos fontes para falar sobre o assunto de superfaturamentos e outras questões, muitas vezes, envolvidas em um obra municipal.
 
 

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