Prefeitura e governo federal definem minuta de contrato para financiar ponte estaiada
União é avalista do município para financiamento internacional de US$ 22 milhões que garantirá a integração das regiões leste e oeste da cidade
Por Elisabeth Soares 21/01/11 - 14:47
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A minuta de contrato para financiamento de US$ 22 milhões com o banco venezuelano CAF (Corporation Andina de Fomento) está definida. Esta semana, o prefeito Angelo Perugini se reuniu, em Brasília, com representantes do banco, do Tesouro Nacional e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para acertar os detalhes do acordo financeiro que garantirá a construção de uma ponte tipo estaiada, em Hortolândia, que promoverá a integração das regiões leste e oeste da cidade.
Perugini ficou dois dias na capital federal, terça-feira e quarta-feira, acompanhado do secretário de Planejamento Urbano, Carlos Roberto Prataviera Júnior, do procurador geral do município, José Umberto, e do gerente de gestão estratégica, Eduardo Marchetti, para definir todas as cláusulas do contrato.
Durante a negociação foram estabelecidos prazo do contrato, taxa de juros, período de carência, documentação para assinatura do acordo, diretrizes de supervisão e cuidados ambientais durante a execução da obra.
Segundo o secretário de Planejamento Urbano, Carlos Roberto Prataviera Júnior, o financiamento será amortizado num prazo de doze anos. O empréstimo começará a ser pago três anos depois do início da construção da ponte.
“A taxa de juros dessa instituição financeira internacional é um dos menores do mundo, cerca de 3% ao ano. O investimento vale a pena. As pessoas vão poder atravessar a cidade de leste a oeste através desse eixo de ligação. Nossa visão para Hortolândia é futurista. São ações de mobilidade urbana pensando no crescimento da cidade para os próximos 30 anos”, disse o secretário.
Paralelo a negociação do contrato, a Prefeitura realiza o processo licitatório para a contratação de empresa especializada em serviços técnicos de engenharia civil para elaboração de projetos executivos e construção da ponte.
Três empresas estão pré-qualificadas para apresentar a proposta comercial: Carioca Christiani Nielsen Engenharia S/A, Mendes Júnior Trading Engenharia S/A e Paulitec Construções Ltda. Ganha a licitação a empresa que oferecer o menor preço.
A previsão da Secretaria de Planejamento Urbano é de que as obras comecem nos próximos 60 dias. O programa de obras inclui a construção de duas lagoas de contenção de enchente, entre outras ações de infraestrutura, que totalizam US$ 44 milhões. Os outros US$ 22 milhões serão a contribuição financeira da Prefeitura com a execução dos reservatórios de contenção água e implantação de um parque linear no entorno.
Integração de leste a oeste
A Ponte interligará a região central com a região do Jardim Novo Ângulo. Também facilitará o escoamento da produção industrial ao facilitar o acesso das empresas à rodovia SP-101, que faz ligação com as rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Prataviera Júnior observa que a ponte vai integrar a cidade desde o Jardim Amanda até a região do Novo Ângulo.
“É um eixo de ligação de leste a oeste da cidade. Quem sair da região do Novo Ângulo vai chegar à outra ponta da cidade, que é a região do Amanda, por meio da ponte estaiada que dará acesso às avenidas Olívio Franceschini, região central, Santana e Brasil, no Amanda”, explica o secretário.
A ponte terá 685 metros de extensão e 16,80 metros de largura. O projeto prevê faixas para passagem de pedestres e ciclovia. O eixo de integração dará continuidade à rua João José da Silva, no Jardim Santa Rita de Cássia, interligando a Avenida Projetada que é a continuação da Avenida Antonio da Costa Santos, no Jardim Nova América.
No entorno da interligação serão realizadas obras necessárias para adaptação do sistema viário a exemplo de asfalto, abertura de novas ruas e paisagismo.
A obra é indicada no projeto que traça as diretrizes do sistema viário de Hortolândia em fase conclusão pela Prefeitura e uma empresa de consultoria. O projeto prevê pontes, viadutos, implantação de avenidas marginais, rotatórias e ciclovias que vão integrar a cidade e facilitar o ir e vir das pessoas pelas próximas três décadas.
Fonte: Prefeitura de Hortolândia
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